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Conservação do solo, por que se preocupar?

Um dos componentes mais importantes na agricultura é o solo. O solo é a parte intemperizada da crosta terrestre onde vegetais e alguns animais e microorganismos se desenvolvem. E por isso, estratégias de conservação do solo são importantes para melhor manejo e aumento da produtividade agrícola. E, também, para redução da perda da camada superficial do solo por erosão.

Essas estratégias levam em consideração melhorias nos atributos químicos, físicos e biológicos do solo. Os quais podem ser aprimorados com o uso de manejo conservacionista do solo, como o sistema plantio direto (SPD).

Minimizando as perdas de solo

As estratégias de conservação do solo devem protegê-lo, principalmente, da erosão. As perdas de solo por erosão são dependentes tanto das características do solo como: textura, estrutura, profundidade e declividade, quanto das características da precipitação pluviométrica como: quantidade, duração e intensidade.

Outras características que devem ser levadas em consideração são a semeadura direta e, o tipo e quantidade de resíduos orgânicos deixados no solo.

Portanto, as premissas básicas da conservação do solo são adoção do SPD e plano de rotação de culturas ou, melhor, rotação de sistema radicular e de plantas C3 e C4.

Ao longo do tempo, percebe-se que o aumento do aporte de resíduos orgânicos reduz significativamente as perdas de solo por erosão, principalmente em relevos mais acidentados. E, também, pode reduzir a perda da camada superficial (0-20cm), a qual apresenta maior fertilidade do solo e maior parte das raízes das culturas agrícolas.

Além disso, minimizando a erosão, reduz problemas de acidificação em climas úmidos e salinização em climas secos. Também, pode ocorrer a redução do assoreamento de rios e morte da fauna aquática bem como reduzir enchentes e aumentar o suprimento de aquíferos.

Conservação do solo em sistemas de produção

Apesar da adoção do SPD, ainda há maneiras de ocorrer perdas de solo. Essas perdas em sistemas de produção ocorrem, principalmente, em solos presentes em relevo com maior declividade e em topossequência mais longa.

Nessa situação, a força da água, oriunda da precipitação pluviométrica, é tão grande que apenas o SPD não é suficiente em reduzir a erosão e/ou o escorrimento superficial. Esse fato é bem comum nas áreas agrícolas, podendo ser diagnosticado quando da presença de sulcos no solo após a precipitação pluviométrica.

Portanto, nesse caso, a melhor estratégia seria a adoção de terraceamento em SPD. O terraceamento serve para segmentar a topossequência a fim de reduzir a energia da água em escoamento, evitando perdas por erosão e aumentando a infiltração da água no solo.

Conservação do solo e a qualidade do solo

A preocupação com a conservação do solo está intimamente ligada com a qualidade do solo. E, qualidade do solo significa aumento da produtividade das culturas agrícolas e melhorias nos atributos químicos, físicos e biológicos do solo.

Ao longo do tempo, o SPD favorece o aporte de resíduos orgânicos e isso desencadeia uma série de benefícios ao solo. Esses benefícios podem ser maior estabilidade dos agregados favorecendo a resistência a erosão, menor densidade e maior aeração do solo. Também, o maior aporte de resíduos orgânicos aumenta a capacidade de troca catiônica, principalmente em solos com carga variável.

Portanto, a conservação do solo influencia o aumento da sua qualidade, tornando-o mais produtivo.

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